Como lidar com dores de ouvido durante a viagem?

Danilo Dante da Silva Carlos • out. 30, 2019
Várias vezes, durante viagens de carro, de avião ou até mesmo durante um mergulho, a maioria das pessoas já sentiram uma dor no ouvido, o que pode variar entre a sensação de ouvidos tapados e mal-estar intenso. 

Tais sintomas são decorrentes do que a medicina chama de “barotrauma”, uma condição que está ligada a variações de pressão. 

Nesse sentido, é imprescindível saber mais sobre o que ocorre com nosso organismo nesses momentos, quando há risco de lesões graves (como tonturas, vômito e perda de audição momentânea), e como agir. 

Barotrauma

Barotrauma é o termo utilizado para designar alterações de pressão nos ouvidos, o que é muito comum, principalmente durante viagens de avião, carro em que há mudanças de altitude (como em serras) ou em mergulhos. A condição costuma gerar incômodo, mas, em alguns casos, a dor de ouvido tende a ser intensa e levar à perda de audição leve e momentânea. 

Causas da dor de ouvido em viagens

As lesões tendem a acontecer de acordo com a variação da pressão atmosférica, que geralmente ocorre em aviões, mergulhos e viagens de carro ou ônibus, quando se atinge uma velocidade maior que a de costume ou se é preciso descer uma serra. 

Quando há algum fator obstrutivo nasal, como resfriado ou sinusite, essa variação de pressão pode ser mais proeminente e assim os sintomas otológicos serem maiores.

Dicas para lidar com dor de ouvido durante uma viagem

● Para curtir uma viagem sem passar pela situação de sentir dor de ouvido, é recomendável que bebês, crianças e pessoas mais sensíveis à alteração de pressão se consultem com um médico otorrinolaringologista para que seja feita uma avaliação do ouvido e do nariz;

● Bebês e crianças são os mais suscetíveis às variações de pressão e, por isso, durante uma viagem em que pode ocorrer variações de pressão, o melhor a se fazer é fazer com que a criança degluta frequentemente, podendo se oferecer mamadeira aos pequenos ou até mesmo chicletes para crianças maiores;

● Também é muito sensato adiar ou evitar viagens quando a pessoa estiver com algum problema respiratório (como gripes, resfriados, rinites e sinusites), ou no ouvido, como excesso de cera. Se for realmente preciso se expor à variação de pressão, mesmo estando sob essas condições, a dica é mascar chiclete e manter as narinas desobstruídas;

● Manter o nariz desobstruído é muito importante para amenizar o desconforto causado durante viagens. Contudo, é importante lembrar que fazer uso de descongestionantes é um hábito que demanda acompanhamento de médico otorrinolaringologista, já que esses medicamentos podem trazer efeitos colaterais danosos, como hipertensão arterial e arritmias cardíacas.

Dores em viagem: quando procurar o especialista?

Após sofrer um barotrauma, o paciente que estiver sentindo incômodos ou dor de ouvido deve se consultar com um otorrinolaringologista para diagnosticar as possíveis lesões causadas. 

A recuperação de um tratamento de barotrauma pode levar até 40 dias, ainda que a lesão seja leve. Lesões graves, por outro lado, podem causar surdez e labirintite, por isso é tão importante procurar um médico. 

Por Danilo Dante da Silva Carlos 26 set., 2019
Ainda hoje, muitas pessoas têm o hábito de fazer a higiene dos ouvidos com hastes flexíveis. É preciso estabelecer alguns cuidados com cotonete para não sofrer complicações na saúde auditiva. As hastes flexíveis se tornaram muito populares como meio de limpar os ouvidos, porém esse hábito pode trazer sérios perigos e complicações auditivas. Inflamações, infecções, dores de ouvido e até mesmo perfuração do tímpano são algumas condições que podem advir do uso de cotonetes. Confira todos os cuidados na hora de fazer a higienização do local: Os perigos do uso de cotonetes no ouvido Limpar os ouvidos com hastes flexíveis faz com que a cera, produzida pelo organismo para proteger o canal auditivo de sujeiras e corpos estranhos, ao invés de ser removida, acabe sendo empurrada para o fundo do ouvido. Isso faz com que ela leve consigo toda a poeira, bactérias e fungos que podem causar dores de ouvido e infecções. Todas as pessoas produzem uma determinada quantidade de cera que, quando retirada com auxílio de uma haste flexível, pode gerar uma fissura na pele do canal auditivo, levando a um processo inflamatório graças aos microrganismos que ali habitam e conseguem penetrar na pele por meio da agressão gerada pelo cotonete. É o que se chama de otite externa aguda. A importância da cera A cera é produzida por glândulas ceruminosas que ficam localizadas antes do canal auditivo, em uma parte um pouco mais externa. O cerume tem como principal objetivo não permitir a passagem de fungos e bactérias, protegendo toda a região. Além disso, lubrifica a região e evita o contato direto entre excesso de água e o ouvido. Em geral, a cera é expelida pelo organismo naturalmente, não havendo necessidade de removê-la. O acúmulo de excesso de cerume, que pode ocorrer ao longo da vida, deve ser removido apenas por um médico otorrinolaringologista. Cuidados com o cotonete durante a higiene das orelhas Os cuidados com o cotonete começam já na forma de usar, devendo ser utilizado apenas na orelha externa, ou seja, na parte de fora, e nunca ser introduzido no ouvido. Nesse sentido, a haste flexível tem serventia apenas para limpar a superfície da orelha. O que evitar: ● Introduzir o cotonete dentro do ouvido. Eles devem se restringir à limpeza da orelha externa; ● Utilizar objetos para empurrar a cera ou coçar o ouvido, pois se corre o risco de sofrer traumas graves; ● Introduzir corpos estranhos no canal auditivo, como água oxigenada ou cera de vela, supondo que trais substância são benéficas para o ouvido. Além de não possuírem eficácia, podem ferir gravemente o órgão. Além de adotar os cuidados com cotonete, ao sentir incômodo ou dor nos ouvidos, é imprescindível procurar por um especialista. Apenas o médico otorrinolaringologista, responsável pelas regiões do ouvido, nariz e garganta, pode encontrar a verdadeira causa para os sintomas, averiguando se realmente há excesso de produção de cerume ou se o problema advém de outras fontes. Além disso, o profissional deve ser consultado em qualquer percepção de anormalidade em sua audição.
dor de ouvido
Por Danilo Dante da Silva Carlos 27 ago., 2019
A hipersensibilidade auditiva é uma condição presente em boa parte das pessoas, mas, ainda hoje, muita gente não conhece a causa da doença e nem sabe como lidar com essa situação, que pode causar intensa dor de ouvido. A perda de audição, por exemplo, é uma das consequências mais graves da hipersensibilidade auditiva, podendo trazer diversos problemas na execução de tarefas rotineiras da pessoa em questão. O que é? Assim como o próprio nome sugere, a hipersensibilidade auditiva é uma doença que se manifesta quando o paciente sente uma sensibilidade extremamente alta ao ter contato com sons, sejam altos ou baixos, e isso pode trazer complicações posteriormente. Qualquer pequeno ruído pode se transformar em uma grande dor de cabeça, impedindo a pessoa de estudar, trabalhar e até mesmo dormir, uma vez que barulhos comuns acabam incomodando bastante e inviabilizando todas as atividades. Como proceder em caso de hipersensibilidade auditiva O que não fazer? Ao levar em consideração que mesmo os menores som provocam hipersensibilidade, tentar manter o paciente isolado de barulhos ou utilizar protetor auditivo são medidas nada aconselháveis (ou possíveis), pelo contrário. Ao permanecer em total silêncio, sem ter que lidar com os sons provocados pelas cidades e centros urbanos, há o que se chama de aumento de ganho auditivo central, ou seja, amplificação das capacidades auditivas. Em vista disso, mesmo um ruído muito baixo pode se tornar o grande causador da hipersensibilidade auditiva no paciente, inviabilizando a realização de atividades rotineiras, como sair de casa. O que fazer? É crucial que a pessoa que sofre de hipersensibilidade procure um médico otorrinolaringologista para avaliação. Possível tratamento É preciso reconhecer que a hipersensibilidade auditiva requer acompanhamento de médico otorrinolaringologista para combater a dor de ouvido e todo o incômodo causado pela condição, além de impedir que o quadro se agrave e possa resultar em maiores malefícios. Toda e qualquer alteração sentida e observada pelo paciente quanto a algum desvio do que seria natural na audição deve ser levada em conta e a ideia da visita ao especialista deve ser cogitada. Esse profissional irá disponibilizar os exames necessários e iniciar o processo de um possível tratamento mais adequado ao quadro que lhe foi apresentado. Deve-se fugir dos métodos caseiros e alternativas não convencionais de tratamento para casos que envolvem alterações nos sentidos. É disponibilizada na internet uma série de informações que podem não ser adequadas ao seu problema, por isso, fique atento! Por motivos como esse, faz-se crucial a participação do profissional para avaliar o que pode estar levando a tais dores e ao grau de sensibilidade elevada. Nesse sentido, o tratamento irá depender do diagnóstico realizado pelo otorrinolaringologista, que será responsável por indicar o melhor tratamento e acompanhamento a partir das necessidades e particularidades de cada paciente. Veja mais: Desvio de Septo Nasal | Qual o valor de uma cirurgia de timpanoplastia | Consultório Otorrino
Dor de ouvido
Por Danilo Dante da Silva Carlos 27 ago., 2019
As dores de ouvido são muito comuns e costumam aparecer já nos primeiros meses de vida, podendo ser recorrentes ou duradouras. Isso significa que todo mundo já teve dor de ouvido pelo menos uma vez. Existem diversas causas para o problema. Dentre elas, é possível citar inflamações ocasionadas pelo excesso de umidade, traumas ou manipulação de objetos no interior da orelha. Além disso, bactérias, vírus e fungos também podem ocasionar infecções, e até mesmo o acúmulo de cera em excesso leva a episódios de dor. Para se prevenir contra esse mal, veja o que é mito e o que é verdade sobre a dor de ouvido a seguir. Dores de ouvido: mitos e verdades A saúde bucal pode estar relacionada aos episódios de dor de ouvido Verdade! Existem dois nervos que interligam as regiões do ouvido e da garganta. Esses nervos podem ser afetados por problemas bucais e na garganta, como gengivite, infecção dentária e amigdalite. Nesse sentido, problemas de saúde bucal podem ocasionar episódios de dor de ouvido ou até mesmo disfunção na ATM (Articulação Temporomandibular), responsável por interligar a mandíbula ao crânio. Hastes flexíveis podem ser utilizadas para limpeza dos ouvidos Mito! A limpeza com hastes flexíveis já foi muito utilizada e se popularizou, porém, a higienização correta com o uso desse acessório se limita às dobras das orelhas, e nunca chega de fato ao canal auditivo. As hastes, quando manipuladas de forma errada, podem criar fissuras na pele e incentivar a proliferação de bactérias no local. Também se corre o risco de perfuração do tímpano, resultando em dores de ouvido, infecções e até mesmo perda auditiva. É possível compartilhar fones de ouvido sem riscos de infecção Mito! Infecções podem, sim, ser causadas pelo compartilhamento de fones de ouvido. O risco existe, pois é possível adquirir as bactérias que estão presentes no ouvido de outra pessoa. Outro fator importante diz respeito ao volume do som. O alto volume pode causar danos auditivos a longo prazo, por isso, é recomendado optar por um volume mais baixo (o suficiente para que uma pessoa ao lado não consiga ouvir a música). Andar de carro com o vidro aberto ou tomar muito vento pode causar dores de ouvido Verdade e Mito! O frio provoca uma troca de calor entre a pele e o ambiente, o que resfria o corpo, favorecendo a contração da região em torno do canal do ouvido e deixando o local mais suscetível a dores de ouvido, que no entanto costuma ser uma dor passageira. Porém, a exposição ao vento não causa infecção (otite). Lembrando que é sempre muito importante procurar um médico otorrinolaringologista para tirar dúvidas sobre dores de ouvido e ter acompanhamento para um diagnóstico mais preciso. Seja qual for o problema por você sentido, tanto em viagens, quanto na rotina diária, cabe ao especialista buscar analisar seu quadro e disponibilizar o melhor tratamento em caso de alguma alteração ou lesão maior. A presença do otorrino é fundamental para o acompanhamento. Veja mais: Desvio de Septo Nasal | Qual o valor de uma cirurgia de timpanoplastia | Consultório Otorrino
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